segunda-feira, 27 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cupido





As personificações do amor.

Acampamento I

Carnaval, uma data preocupante para qualquer pai de adolescente evangélico. Nessa época eles inventam qualquer viagem ou ocupação doméstica que evite que seus filhos caiam na gandaia. Foi por esse motivo que aos 13 anos fui mandado para o meu primeiro acampamento de carnaval. Um tipo de acampamento espiritual, que de espiritual só tem o nome, isso eu descobri depois.
Chegado o dia da minha partida eu tava muito preocupado. Porque? Eu me conhecia, sabia das minhas manias de ficar secando os garotos e num lugar assim a tentação seria enorme. E foi.
A princípio eu tentei me isolar o máximo da turma. Mas não deu muito certo por que os monitores faziam de tudo pra que você estivesse sempre junto do resto do pessoal. Logo no primeiro dia eu passei por uma grande prova a qual eu adimito que não passei. Como chegamos atrasados la na casa onde ficaríamos hospedados (uma casa de sítio, no meio do nada), os monitores mandaram que se fizessem grupos para tomar banho. Eu tava lascado, se me colocasssem pra tomar banho com outros rapazes com certeza meu amiguinho daria sinal de vida, até porque ele nunca resistiu a isso. E assim fomos, eu enrolei bastante pra ver se ficando por último tomaria banho sozinho. Mas não deu certo, então entrei com o último grupo de rapazes, a maioria deles muito mais velhos de que eu. Dai começaram as brincadeiras chatas de jogar água, passar a mão na bunda, e outras. Como eu não poia ficar de frente para os outros rapazes, devido ao estado físico de meu bilau, estava sendo alvo de piadas. Mas um dos caras, por sinal o mais gaiato dentre eles percebeu minha escitação e começou a zoar comigo. "Viado" era a palavra que começou a ser dita por eles quando me viam, claro que em tom de brincadeira, mas dizem que toda brincadeira tem um fundo de verdade, então levei a sério as piadas deles.
O tempo passou e eu pedindo a Deus que chegasse o fim daquele inferno. Não aproveitei nada da diversão do lugar, porque não queria ficar perto de nenhum rapaz, e das meninas é que não ficaria mesmo, pois todas estavam afim de algo que eu não tava nem um pouco afim de oferecer.
Um dos idiotas do banheiro passou a me zoar todos os dias, o J..., um verdeiro idiota que tinha fama de pegador, só porque era o mais bonito de lá. Eu evitava ele e sua turma ao máximo, tanto que até pra tomar banho eu procurava as horas mais tardes da noite pra fazer isso, garantindo que ninguém aparecesse pra me atrapalhar.
Na última noite, meu alívio. Me dirigi ao banho feliz porque no dia seguinte estaria em minha casa. Já era muito tarde, passava da meia noite, os monitores já tinham mandado todo mundo dormir. Tava tirando a roupa quando alguém bate a porta. Eu digo que está acupado. Mas a voz diz que se for homem num tem problema, que ele também era. Pra não ficar com uma fama pior do que a que já tinha ganhado, abri e quem entra? Ele, o idiota mor, J...
Prossegui com meu banho calado de costas pra ele, fingi que estva sozinho, e quando me viro pra pegar a minha toalha dou de cara com ele peladão e com a bilau em pé. Eu tive um choque na hora mas depois eu não resisti...
Caí numa crise de riso sem igual...Ele tinha o menor pinto que eu já tinha visto, eu achava que da outra vez que tomamos banho juntos o pinto dele estava retraído por causa do frio, mas não, era daquele tamanho mesmo quando excitado. Ele ficou puto perguntando de que eu tava rindo. "Gostou seu viado?" Eu ri mais ainda. Ele Ficou vermelho de raiva e gritava, "Sai viado". Eu saí de lá e quando vou fechar aporta disse: "é melhor ser viado do que capado". E corri pro meu colchão.
No dia seguinte quando todos já estavam voltando pra casa ele ainda tentou fazer uma piada comigo, eu não sei de onde tirei coragem mas respondi na lata: "lá vem você com suas coisinhas mixurucas", e fiz um sinal com o dedo indicador e o polegar indicando tamanho. Ele se calou, deve ter entendido o que eu quis dizer, mas ninguém mais entendeu nada.
Hoje eu sei que o que aquele idota queria era tentar ter alguma coisa comigo, sem adimitir que era gay, embora eu também não adimitisse isso ainda. Mas agora eu sei que esses machões que frequentam academia de vez enquanto gostam de sentar numa boneca.
É amigos, e assim segue a minha vida me descobrindo....