quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma asa quebrada, um vôo desastrado...


Oi, tudo bem? Estou aqui pra mais uma sessão no seu divã. Hoje vou te fazer uma confissão e queria muito um conselho. Meu desabafo é o seguinte:
Sempre ouço dos meus amigos que devo seguir adiante e esquecer o último cara que amei, e pensando nisso me lancei numa jornada maluca em busca de algo que me fizesse esquecer por completo esse amor. Depois de passar um mês trancado em casa, sem ânimo pra nada além das minhas obrigações, tomei a decisão de procurar alguém para sair e tentar sentir algo que suplantasse o vazio que vinha sentindo.

Na primeira tentativa saí com um professor universitário, gente boa, porém muito esnobe, mas eu não estava nem aí pra isso. Queria apenas usá-lo, isso mesmo. Tranzamos a noite inteira, no primeiro encontro. Penetrei-o com toda a raiva que e estava sentindo. E da mesma forma obriguei-o a fazer comigo. Mas no dia seguinte continuei da mesma forma, só que com mais um problema, aguentar um cara complicado que ficou apaixonado em uma única trepada. Não me ignore, pois foi isso mesmo, só uma trepada, Até porque "amor" eu tenho certeza que não consigo fazer. Ele ainda me procurou muitas vezes após esse fato, e na maioria das vezes inventei uma desculpa para não vê-lo, e por duas vezes ele apareceu lá em casa (quando morava só) e para não mandá-lo embora de mãos abanando dei o que ele queria.

Ao mesmo tempo continuei na busca do esquecimento de minhas emoções, e marquei com um cara estranho do bate papo uol, o cara era virgem e evangélico. Ok, vc pode me criticar o quanto quiser, dizendo que já estava na cara que ia dar merda! E como deu! Mais uma vez tratei o homem como um objeto, mesmo virgem e inesperiente, não tive dó do cara. Literalmente o estuprei, não fui nada carinhoso, e o obriguei fazer tudo que não queria. Ele não queria ser penetrado, problema dele, pois eu queria comê-lo. Não por tesão, não por desejo, mas sim porque estava determinado a esquecer meus problemas através do sexo. Depois de tudo consumado, pensei que ele sairia dali e nunca mais me procuraria. Engano! Me ligou na semana seguinte falando que eu o tinha machucado muito e tal, e que queria falar comigo, pois estava muito confuso. Ou seja, transamos de novo. (Ele me ligou na semana passada, porém tem um mês que me mudei da capital)

E para não estender demais esse relato, vou resumir dizendo que houve mais dois caras que envolvi nessa insanidade: Um garoto de 18 anos, que ainda me espera para pedir sua mão em namoro, e um policial, pra quem contei tudo isso que vos falo detalhadamente, e que quer muito mudar esse caminho que tomei. Como? Ele acredita que ainda pode ressuscitar o cara romântico que fui a um tempo atrás, me dando carinho e atenção. Beleza! Mas ele esquece uma coisa... Ele não vai conseguir me dar isso por muito tempo sem que eu dê nada em troca, e não estou falando de sexo, pois nisso ele não tem do que reclamar, me refiro a carinho a afeto.

Me tornei a pessoa que nunca desejei nem pra meu pior inimigo, um cara vazio, alheio aos sentimentos dos outros. Um sanguessuga de desejos. E ainda por cima fracassei na tentativa de esquecer um amor esfacelado pela dor e de preencher os espaços que ele deixou.

Então, o que faço agora?