terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Gays e Famosos


Michelangelo


Nome: Michelangelo di Ludovico Buonarroti Simoni
Origem: Caprese, Toscana (Itália)
Nascimento: 06 de março de 1475


Histórico: Pintor, escultor, poeta e arquiteto renascentista italiano. Michelangelo cresceu em Florença e mais tarde viveu com um escultor e sua esposa na localidade florentina de Settignano. Foi aprendiz de Domenico Ghirlandaio por três anos e frequentou, também, a escola de arte de Lourenço de Médici. A mais famosa das tarefas foi, encomendada pelo Papa Júlio II, a pintura do teto da Capela Sistina no Vaticano, que levou quatro anos para ser feita (1508 – 1512). Obra essa criticada pelos Papas posteriores devido as figurações de corpos nus, principalmente os masculinos. Fundamental para a arte de Michelangelo era sua paixão pela beleza masculina, que o atraía de modo emocional e estético, como visto na escultura David. Além da pintura e da escultura, Michelangelo deixou também cerca de trezentos poemas em italiano vernáculo, que escreveu entre 1501 e 1560. Os seus poemas são marcados por uma forte carga homoerótica. Isso se verifica na correspondência com o nobre Tommaso Cavalieri (c.1518-1587). Os dois se conheceram em Roma em 1532, e permaneceram juntos até o leito de morte do mestre. Segundo testemunhas do tempo, Cavalieri se destacava pela beleza, elegância, inteligência e gosto refinado. Michelangelo se encantou pelo rapaz e lhe dedicou diversos poemas, além de cartas ardorosas. Mesmo declarando-se “demasiado velho”, ele dá asas ao sentimento amoroso. Eis uma passagem sintomática dos arroubos passionais de Buonarrotti, escrita na carta a Cavalieri em 28 de julho de 1533: “O que Vossa Senhoria me diz também eu poderia dizer-lhe. Talvez, porém, o tenha feito para tentar-me ou para reacender novo e maior fogo – se pudesse haver algum maior. Como queira; eu bem sei que tão impossível me é esquecer vosso nome, quanto o alimento que mantém vivo- ou, antes, mais cedo poderia esquecer o alimento que me mantém vivo, o qual miseravelmente nutre somente o corpo, do que o nome vosso, que nutre o corpo e a alma, inundando um e outra de tanta doçura, que nenhum sofrimento ou temor à morte, enquanto ainda me sirva a memória, posso sentir. Imaginei, se o olhar ainda tivesse a sua parte, em que estado me encontraria.”

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