segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A curiosidade...

Embora ainda inocente em alguns aspectos da vida, aos onze anos eu já tinha uma certa atração por atividades nada convencionais, talvez produto das práticas infantís já mencionadas. No início do ano de 1996, ano das Olimpíadas de Atlanta, lembro como ontem, eu convenci a senhora minha mãe a me matricular numa escola agrícola localizada na zona rural da cidade. Minhas intenções não eram tão inocentes assim, meu argumento era de que se tratava de uma escola técnica e muito conceituada, vinha gente de várias cidades estudar lá, eu era jovem mas já sabia como convencer outras pessoas a fazer minhas vontades, minha real intenção era sair de debaixo da vista de minha mãe.

Comecei o ano letivo sem nenhuma experiência com o mundo adulto, e essa escola tinha como característica a obrigação de seus alunos desenvolverem autonomia. Todos eram responsáveis por si. Esse era um problema, mas o meu maior problema mesmo era que a escola era formada em sua maioria por rapazes e todos já quase adultos. Eu entrei na primeira turma de adolescentes da escola. Era tudo muito novo.

Mas o que marcou essa fase em minha vida foi a descoberta de algo que talvez mudasse minha vida por completo. O que era? Eu descobri na real um significado para uma relação entre dois homens... Vou contar como tive essa revelação.

Como já falei nessa escola era composta em sua maioria por rapazes, e era uma escola com internato para alguns que assim escolhessem. Havia um único vestiário para alunos e internos. Nas segundas-feiras havia aula de educação-física e após a aula todos se dirigiam aos vestiários, porém eu não o fazia com medo que me pegassem observando os outros garotos nus... sempre esperava que todos saíssem para que eu entrasse, molhasse o rosto e o corpo rapidamente e saísse pra tomar o ônibus pra casa.

Porém um dia eu me atrasei demais e perdi o ônibus. Quando entrei no vestiário fui direto a um dos vasos e fechei a porta, tava muito apertado. Mas depois de uns minutos escutei o ônibus partir. Desesperei. Teria que ir a pé pra casa e eram 3 quilômetros. Afff... fiquei muito nervoso. E pra piorar escuto vozes entrando no vestiário. estranhei pois naquele horário todos os internos deveriam estar no refeitório para o almoço. Mas eu fiquei com o coração na mão; quieto estava, quieto fiquei. Me deu aquela vontade de saber o que aquelas figuras estavam falando, eu abri a porta um pouquinho e fiquei obsevando. Eram dois rapazes internos. Eles estavam com toalha e roupas nas mãos mas não dava pra ouvir o que conversavam, falavam muito baixo... mas eu fiquei mais apreenssivo quando eles tiraram a roupa, nossa foi um choque, eu nunca tinha visto rapazes da idade deles nus... eu quase tive um troço lá dentro. Eles começaram seu banho numa boa, mas tinha um negócio de um ficar esfregando o outro, foi quando eu vi que eles estvam "armados". Nossa eu pirei, queria sair dali de qualquer jeito, vai que eles me acham, eu tava fudido, mas tava gostando do que via. quando eles teminaram de se enchugar eu pensei que eles sairiam logo e eu poderia enfim sair, mas antes de sair eu presenciaei a cena que mudou a minha vida. De reprente um dos dois rapazes tirou a toalha, abraçou e tascou um senhor beijo no outro... Nossa eu naõ sei se aquilo me chocou ou me agradou demais, só sei que eu fiquei estático na hora, não tinha ação pra nada, minhas orelhas que já estavam quentes de nervosismo começaram a pegar fogo.... O rapaz que foi beijado empurrou o outro e falou alguima coisa, acho que reclamando, mas depois se vestiram e saíram do banheiro. Não vou dizer que ver essa cena influenciou a minha sexualidade, mas ela foi a partida para uma nova foma de pensar em sexo. Nesse dia não me pergunte com eu chegue em casa, pois eu mesmo indo pé nem senti a caminhada da escola a minha casa, se foram três quilômetros ou três metros dava na mesma... Eu tava num estado de completo transtorno psicológico...

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